quinta-feira, 30 de abril de 2009

EDUCAÇÃO = alteridade(realidade/outro), diálogo("rodas") e transformação(cultura)

< SOMOS RELAÇÕES. SALVE O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE! Educar é impregnar de sentido a vida cotidiana. É tornar "o estar no mundo" um permanente processo de humanização. Esse processo só é possível na convivência. A existência humana supões o plural, a dependência dos demais. Só se vive na convivência com outros seres. Mas cada sujeito - que é detentor de vontade, aspirações, anseios, interesses, expectativas - relaciona-se com outros sujeitos igualmente portadores de vontades, aspirações...No processo educativo emancipador, o ser humano percebe-se histórico e plural aprende a conviver com outros sujeitos individuais e coletivos. O papel da educação como prática da liberdade (título de um livro de Paulo Freire)é propiciar condições para que essa construção de convivência cooperativa, democrática, solidária, cidadã e pacífica seja possível. DIÁLOGO, EXPERIÊNCIA DE CONSTRUÇÃO. O coletivo constrói saberes mais contundentes e relevantes, autênticos; é a colcha de retalho que cobrirá a existência com diversos conhecimentos partilhados numa mesma forma. O diálogo, início e meio deste processo, é abrir-se para o crescimento e um planejamento envolvente e certeiro na realidade diária. As pessoas saem de um processo passivo (de recebimento, "processo depositário"), para uma atitude emanciaptória, propicitiva(sujetio da história e propositivo/protagonista). Tudo o que se decide, planeja e se realiza parte desta Roda, que é um nó intencional de relações. Ela é a imagem do diálogo/ participação, pois ela não tem início, meio e nem fim, é um integração necessária, não existem unicidades, mas integralidade. Ela é nela mesma, ou seja, sem as partes entrelaçadas, comungadas, não existe qualquer outra forma, confirguração, mas não Roda. Um outro aspecto desta imagem é que a roda tem uma junção orgânica e não meramente física, porque não é só uma questão de estar juntos, mas ser juntos, a comunicação costura a forma simolíca do círculo. Todos falam, discustem e assumem uma postura coletiva de respeito e de planejamento frente às diversas diferenças, mudar é preciso, eis a grande motivação! Este é o grande impacto e absurdo pedagógico da Roda, construir uma forma em meio a tantas visões e caminhos, muitas vezes solitários, isolados(alienados). A Roda plastifica este processo fundamental para uma retomada do sentimento comum entre todos os seres. Democracia e comunidade são elementos deste sistema de relações, assim conceptualizada pela "Carta da Terra" de comunidade de vida. CULTURA = TRANSFORMAR. QUAL É O ESPAÇO DESTA TRASNFORMAÇÃO?!"A partir das relações do homem com a realidade resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo, Vai se apropriando da realidade, Vai humanizando. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura!"(Freire, 1999:51) Desenhamos neste final de discussão uma outra questão que permeia esta primeira(sobre educação) que tem a ver com os "espaços" e os lugares da "educação". Existe uma contradição se a educação não se limita ou se aprisiona em um registro de espaço, formal ou não, porque nossas ações e planejamentos se resumem ao espaço medido de uma estrutura? Haverá estrutura que abarque esta concepção? Talvez a isto chamamos de territorialidade.Veremos, assim espero! (Fábio Paes/ São Paulo-SP)

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