sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reflexão...

A certa altura da leitura, vi-me refletindo sobre as palavras do mestre Paulo Freire que me convida, num diálogo que estabelecemos, a (re) inventar suas palavras... como a mim mesma, porque entendo que sou sujeito histórico e, assim como o mundo, estou em constantes transformações. As palavras escritas não me convencem na estaticidade, mas no movimento, na reflexão, no (re) fazer, no (re) significar... tudo me chama à coerência entre o que penso e como ajo e, principalmente, o que falo... as posturas que assumo em múltiplos espaços de participação, porque acredito que seja plausível o (re) pensar em mim mesma, o ato de reflexão-ação para se ter coerência com o que acredito. E como é importante e necessária a modéstia... humildade em (re) conhecer o outro como ser “culturado”, mesmo aquele ou aquela que não apreendeu o mundo letrado mas que tem tanto a nos ensinar com a sua leitura de mundo... os meninos e meninas, em sua ingenuidade, em sua sabedoria infantil com olhos curiosos para explorar o que a rodeia e descobrir o quão é belo um beija-flor no jardim. É conseguir enxergar o já invisível aos olhos adultos, um mundo de possibilidades em espaços, cores, sonhos e utopias... precisamos resgatar a amorosidade ao próximo, querer bem aos homens e mulheres tão desacreditados em suas potencialidades por essa sociedade que se configura em cenário neoliberal, que nega o valor humano e serve ao “capitalismo selvagem”. É preciso sonhar (e lutar!) por um mundo mais justo, para que um dia possamos enxergar igualdade, solidariedade, dialogicidade... é preciso aprender o dom da modéstia, de aprender a aprender e conceber o quanto se pode melhorar enquanto ser humano e pensar na horizontalidade projetando um futuro possível.

2 comentários:

  1. A compreensão da existência como um oceano de possibilidades de ser, sentir, pensar e reinventar a realidade é uma capacidade mágica e de uma sublimidade que transcende qualquer paradigma preposto e estabelecido. São estas possibilidades criativas e inovadoras que refletem ao mundo exterior, a singularidade que cada um de nós possui. A autenticidade e a liberdade dão sentido a vida e desejo pela construção constante de novidades provenientes do olhar do outro e do nosso re(significar) sem limites, criando e recriando a vontade de ser mais pelo mundo e num mundo melhor que antes de tudo respeito a unicidade do olhar e do colaborar do outro.

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  2. Gostaria de compartilhar literaturas que visem a construção destas inovações pedagógicas

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